sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Sendo promovido a “menor de tudos os santos”


“Eu sou menos do que o menor de todos os que pertencem a Deus, mas mesmo assim ele me deu este privilégio de anunciar aos não-judeus a boa notícia das imensas riquezas de Cristo” – Efésios 3.8
No apóstolo Paulo, vemos algo interessante sobre personalidade e caráter. No que diz respeito a sua personalidade, ainda como fariseu, vemos sua impetuosidade ao perseguir a igreja, arrastando homens e mulheres para a prisão. Paulo tinha uma personalidade forte. Seu encontro com Jesus no caminho de Damasco não mudou isso.
Vemos esta mesma impetuosidade logo após sua conversão ao pregar ousadamente nas sinagogas de Damasco, também quando Paulo lida decididamente com os problemas morais da igreja de Corinto (1 Co 5) e amaldiçoando os falsos mestres na Galácia que estavam subvertendo o evangelho (Gl 1.9). Paulo não perdeu nada da sua personalidade forte e impetuosa quando se converteu. O que precisou ser trabalhado nele, entre outras coisas, foi sua humildade para com Deus e para com outras pessoas. A conversão não muda nossa personalidade mas sim nosso caráter.
Paulo nasceu em Tarso, porém, para completar a sua educação religiosa, os seus pais enviaram-no ainda jovem, para Jerusalém a fim de estudar e se tornar um mestre em religião judaica, aos pés de Gamaliel (At 22.3). Gamaliel era um bem-conhecido fariseu, neto de Hilel, o Velho, que fundara uma das duas grandes escolas de pensamento dentro do judaísmo farisaico. Gamaliel era tão estimado, que foi o primeiro a ser chamado de raban, título superior ao de rabino. Estudar com Gamaliel era um privilégio concedido a poucos. Paulo recebeu também o título de cidadão romano (At 16.37). Com toda essa formação, é provável que a arrogância tenha se instalado logo cedo no coração do jovem Saulo.
Escrevendo aos Gálatas, Paulo disse que um dos frutos do Espírito Santo na vida de quem nasceu de novo é a humildade (Gl 5.23 NTLH). Uma vez convertido, Paulo começou a ser tratado pelo Espírito Santo através das circunstâncias para que este fruto se manifestasse. Ele refere-se a si mesmo como “o menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo, pois persegui a igreja de Deus” (1 Co 15.9). Ele chama a si mesmo de “o menor de todos os santos” (Ef 3.8). É maravilhoso ver um progresso destes, que faz com que um fariseu orgulhoso e fanático veja a si mesmo como o principal dos pecadores (1 Tm 1:15).
Além das circunstâncias, Deus usou outro elemento para produzir esta humildade em Paulo, que foi um entendimento mais claro da graça de Deus. Paulo entendeu que a graça de Deus era um favor imerecido. Ele viu que, ele mesmo, só merecia a ira de Deus, pois havia perseguido e tentado destruir a mensagem do Evangelho. Mas, o Deus que poderia tê-lo feito perecer, resolveu salva-lo. Por isso ele disse: “mas, pela graça de Deus, sou o que sou” (1 Co 15.10). Com humildade ele dizia de si mesmo: “a mim, o menor dos santos, me foi dada esta graça” ( Ef 3.8). Todo aquele que contempla a graça de Deus sabe que tudo vem dEle e se torna humilde.
Pr Edmilson

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